sábado, agosto 27, 2005

Para bom entendedor...

Há uns tempos atrás, durante uma entrevista, o Sr. José Veiga disse as seguintes palavras, que eu jamais esquecerei:

- "Para bom entendedor, acho que não é preciso dizer mais nada."

Enfim... José Veiga tem a escola da vida... eu estou certo que ele até seria capaz de dizer o ditado popular correctamente, ao fim de algumas tentativas...

Bom... mas o propósito desta mensagem é outro.

Para bom entendedor, aqui vai:

surit,
fat viacolpa di nuiva vosbel dur coisenia. fat edquiva c volina idpre nirva. ziv mur jud pit vosbels. amvio abenpre di vonto dop di vur coisenia stin ginart.

mur adi fakivato dop unmut di cor.

Enfim... haja saúde.

segunda-feira, agosto 22, 2005

A minha avó deveria ter ido para médica


Ontem foi dia de mais um dos nossos famosos almoços de família. É uma espécie de última ceia, só que é feita à hora d'almoço (vêr foto acima). Todos os anos tomamos conhecimento de que, afinal, temos mais uns primos na família. São da parte da minha avó e vivem não sei onde. Confesso que não me é fácil, de repente, tratar por primos uma data de pessoas que nunca vi antes, mas enfim... a minha avó diz que eles são da família... é porque devem ser da família...

Por outro lado, tudo o que a minha avó diz é correcto. Aliás, eu sempre achei que a minha avó devia ter ido para médica (no mínimo).

Sempre que alguém tinha algum problema de saúde, ela aparecia sempre com o melhor conselho ou solução.

- 'O menino tem uma picada de abelha no braço.'
- 'Põe-lhe uma moeda de 1 escudo em cima, que isso passa.' - Dizia logo a minha avó.

Claro que, numa família rica como a nossa, o difícil era encontrar uma moeda assim tão pouco valiosa. Lá tentávamos resolver a coisa com cartões Visa Gold, mas a picada de abelha rapidamente passava de ligeiro inchaço, a hematoma crónico. Mais uma prova de que devemos dar mais ouvidos aos conselhos da minha avó.

Tudo o que a minha avó diz é correcto e infalível !!!
Ontem, a minha avó demonstrou mais uma vez que nasceu para a medicina.

Enquanto o meu filho mascava uma pastilha, a minha avó soltou as seguintes palavras sábias:

- Olha, as pastilhas fazem muito bem ao 'cérvro'.

Lindo !!! Senti-me iluminado! Os pensamentos da minha avó são uma lufada de ar fesco para mim. E todos têm uma base de verdade. Com que então..., as pastilhas fazem bem ao cérebro..., agora que penso nisso, não me lembro nunca de ter visto a minha avó a mascar pastilha...

Apesar de tudo, a minha avó não pára de me surpreender. E olhem que eu já devia estar preparado para qualquer surpresa da parte dela, pois como ela é surda, consegue sempre dar-nos a resposta mais inesperada de todas...

sexta-feira, agosto 19, 2005

amendoins, eu peço desculpa.

escrevo estas linhas só para dizer que eu gosto muito de amendoins, quer estejam numa taça cheia uns com os outros, quer estejam em cima da mesa isolados, caidos da mão gananciosa e insensível que os deixou cair.

a todos os amendoins e em especial a uma amendoína,(que é boa gente, gente limpa e asseada, uma amendoína às direitas, daquelas que nos dão fome) peço desculpa,

não quis jamais ferir os vossos sentimentos, no máximo dar-vos umas palmadas, mas sempre com respeito!

quinta-feira, agosto 18, 2005

Segredo para um casamento feliz e duradouro

Estou casado há 12 anos. Uma dúzia de anos de felicidade, podem crêr.
Apesar de tudo, eu nunca ajudei a minha mulher nas tarefas de casa.
Correcção: Eu nunca “participei” nas tarefas de casa.

Doze anos, doze! Sem mexer uma palha. Nunca lavei a loiça, nunca aspirei a casa, nunca fui despejar o lixo, nunca mudei a fralda a nenhum dos nossos filhos, nunca ofereci flores à minha mulher, ainda nem sequer lhe ofereci o anel de noivado..., nada... eu nunca fiz nada.

A minha mulher sempre se queixou que eu nunca fazia nada em casa e, o pior de tudo; eu nunca me lembro das datas importantes, nunca disse “PARABÉNS” em dias de aniversário e, eu nunca ofereci prendas à minha mulher, nada, nada...

Eu limitava-me, simplesmente, a chegar a casa, sentar-me e aguardar que o jantar, e tudo o resto, aparecesse pronto. Vida de rei !!!

Pois ontem decidi fazer tudo bem! Afinal, tratava-se do nosso aniversário de casamento.

Preparei tudo ao pormenor. Levei a mulher a jantar a um restaurante da cidade, no final da refeição ofereci-lhe um anel (que comprara sem ela saber) e disse-lhe:

- “Feliz aniversário, amor. Tu fazes-me o homem mais feliz do mundo.”

Saímos do restaurante e demos um passeio pela cidade, fomos até à baía vêr o mar. Era noite de lua cheia. Correu tudo lindamente. Quando chegámos a casa, já tarde, preparei-lhe um chá com umas torradas. Depois, levantei a mesa, lavei a loiça e arrumei tudo.

No final, perguntei-lhe: - “Gostaste da surpresa que te preparei hoje ?”

A resposta da minha mulher foi: - “TU TENS OUTRA, NÃO É ? VÁ ADMITE ! “

Fiquei congelado. Tanto esforço da minha parte, para nada. Mas o que é que eu terei feito de errado ? E como é que ela sabe ? (Bem.., eu não tenho outra... que isso fique bem claro, até porque a mulher também lê este blog. Querida, se estás a ler isto, aproveito para te dizer que te amo.) Mas voltanto à vaca fria. O que é que eu fiz mal ???

A resposta chegou rapidamente da mulher. Disse-me ela:

- “O teu comportamento de hoje foi demasiadamente estranho. A minha intuição feminina, diz-me que tu tens outra. Além disso, o aniversário do nosso casamento é só daqui a 3 meses. E faremos 7 anos de casados, e não 12.”

Pensei para comigo:
- Ai é assim ? Acabaram-se o mimos. Volta tudo à estaca zero. Não mexo nem mais uma palha. Afinal, temos sido tão felizes assim. Para quê mudar ?

terça-feira, agosto 16, 2005

é tudo uma questão de perspectiva

perspectivas...
podem conduzir-nos à solução de um problema que por tempos infinitos nos atormentou ou manter-nos na ignorância até ao final dos nossos dias.

vou dar-vos um exemplo de algo que me aconteceu, perdão que aconteceu a um amigo meu. a sério foi a um amigo, um amigo que eu já não vejo há muito tempo e com quem aliás nunca me dei assim tão bem quanto isso. aliás eu no fundo nunca o considerei meu amigo, era mais um gajo que eu sempre detestei e que ainda bem que já emigrou para a Letónia, só tenho pena que as pessoas o confundam comigo pois apesar de sermos parecidos fisicamente não somos a mesma pessoa, eu juro!!!!

então cá vai, a história foi mais ou menos assim,...
para uns (ou seja, para aqueles que tiveram a perspectiva correcta , a perspectiva da verdade, do bom senso, daquilo que realmente se passou foda-s*!), um simples toque no ombro, um toque aliás o mais ao de leve possível, um gesto normal entre pessoas que se dão bem, um carinho sem importância, com a mesma importância que um amendoim tem numa taça cheia de amendoins, com a duração de no máximo 2 milésimos de segundo e mesmo assim penso estar a cair no exagero, e já tirei as mãozinhas daí, e não foi bom para mim nem para ti, e nem sei porque fiz isto mas vou continuar a andar em busca de um outro bar onde possa beber só mais uma tequilla pois hoje quem leva o carro sou eu,

para outros, principalmente se bêbados e se rodeados de amigos (que nesta situação só têm uma frase que deve ser algo do género "e tu ficas-te?") a perspectiva foi mais do género, "o que caralh* ia aquele filho da put* a fazer com as manápulas na minha Maria e porque é que aquele boi do caralh* aquele paneleir* de merd*, aquele cabrã* d'um filho da put* as retirou assim que me viu e seguiu em frente fingindo não me conhecer de lado nenhum?filho da put*!"

enfim, perspectivas, só não as tem quem não quer ver as coisas como elas são!