segunda-feira, junho 20, 2005

Ser alto

Hoje vim com a mulher à Maternidade Alfredo da Costa. Chegámos por volta das 9:00hrs da manhã. Ela entrou e eu fiquei cá fora à espera.

A sala de espera estava cheia e até tinha uma televisão colocada bem lá no alto duma daquelas máquinas de bebidas. Só foi pena a TV estar desligada, pois teria sido uma manhã bem passada a ver o programa "Bom dia Portugal" ou o "SIC 10 horas". São programas que eu gosto bastante. Principalmente daquela parte do ventríloquo. O gajo faz aquilo tão mal, que eu chego a ter dúvidas sobre qual deles é o boneco. Bom, eu presumo que o boneco seja aquele que estava sentado ao colo, mas com a quantidade de maricas que para aí anda...

Por volta das 4 da tarde, a responsável pelo balcão de atendimento ao público, resolveu, finalmente, acender a televisão da sala de espera. Foi o delírio. O pessoal da sala chegou mesmo a fazer a onda Mexicana, mas cedo se concluiu que a televisão estava sem som. A responsável do balcão bem tentou aumentar o som da TV com o comando à distância, mas as pilhas estavam demasiado fracas. Foi então que, do outro lado do balcão, resolveu pedir a ajuda dos presentes, da seguinte forma:

- "Algum dos senhores presentes é suficientemente alto para chegar à televisão e aumentar o volume manualmente?"

Pensei logo: "É esta a minha oportunidade de brilhar perante toda esta plateia repleta de gajas."

Por outro lado, lembrei-me dos meus tempos de adolescente em que tudo fiz para não ser um gajo alto. Para não crescer, bastava utilizar uma táctica infalível, receita da minha avó, que consistia em dormir com as meias calçadas. E resultou. Hoje, sou um adulto com menos de um metro e oitenta.

Enquanto eu perdi tempo a pensar nesses tempos passados, um dos tipos presentes na sala de espera, levantou-se, dirigiu-se à televisão e pressionou o botão do volume.

Para azar desse cavalheiro exibicionista, a televisão continuou sem som. O problema não era da falta de pilhas do comando, mas sim duma avaria séria na TV.

É bem feita. É para ver se esses gajos altos perdem a mania de pensar que são os maiores.

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