domingo, maio 08, 2005

em criança

em criança tudo é permitido.

entornar o sumo no chão, dizer os segredos da família a toda a gente que aparece à frente, chamar hipopótama a uma tia gorda, mudar de clube, dizer que o senhor que vai sentado ao nosso lado no autocarro cheira mal.

enfim é só vantagens. e quanto mais novo melhor. se formos bébés então somos os maiores. basta pestanejarmos que olham para nós como se tivessemos pisado o solo marciano e se dissermos algo inteligente como "papa, queu papa" então aí é ó delírio, no mínimo estamos destinados a ser o gajo mais bem sucedido do mundo.

é na infância também que surgem os pensamentos mais curiosos. por exemplo quando em criança sempre pensei que as pessoas que "morriam" nos filmes eram condenados à morte a quem tinha sido dada hipótese de escolha sobre como morrer. a única coisa que me intrigava era como é que eles achavam um criminoso igualzinho ao actor para morrer naquela cena, quer fosse com tiros quer fosse a cair de uma torre ou mesmo só para serem torturados. agora que penso nisso penso que essa ideia poderia de facto ser bastante útil. menos gente nas prisões e filmes mais realistas.

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