quarta-feira, abril 27, 2005

Aviões: Nunca há problema ! Aterram sempre.

Passou-se num avião pequeno, mesmo pequeno.
Era um daqueles aviões que não têm separação entre Pilotos e Passageiros.
Todos os passageiros conseguiam visualizar perfeitamente todas as acções dos pilotos.
Apesar de ser um avião pequeno, tinha p'ráí o dobro do tamanho de um avião da feira popular.

Também não tinha hospedeiras de bordo. Para compensar, todos os lugares tinham, já preparado, um pacote estilo Happy Meal para cada passageiro.

A porta de saída do aeroporto era a porta 8. Ora como toda a gente sabe, basta adicionar 5 ao 8, para obtermos 13, que é o número do azar. Tentei disfarçar o meu nervosismo, ignorando essa verdade.

Lá entrámos no avião, já com 2 horas de atraso. Depois de todos os 11 passageiros estarem sentados (notem: 11+2 = 13), o comandante transmitiu a seguinte mensagem:

- "Boa tarde senhores passageiros, fala-vos o comandante da aeronave. Desde já pedimos desculpas pelo atraso, que se deveu ao facto deste aparelho ter tido uma deficiência mecânica, a nível hidráulico, após a aterragem que efectuou neste aeroporto."

Pensei para comigo: "Bom..., ainda não tenho o cinto apertado....talvez tenha tempo de sair".

O Piloto continuou: "Esse problema mecânico já foi, entretanto, resolvido, pelo que iremos levantar vôo para Bilbao, dentro de instantes".

Bem..., que alívio. O problema mecânico já está resolvido. Estou bastante calmo agora, apesar de todo este vento forte que se faz sentir...
Se este avião fosse de tamanho normal, talvez não abanasse tanto como está a abanar...

Chega a altura de levantar vôo.
Arrancamos... ganhamos velocidade....ganhamos velocidade...continuamos em pista a ganhar velocidade... (nesta altura, começo desesperadamente à procura de algo no pacote Happy Meal que me possa acalmar, tipo Whisky ou qualquer coisa do género)... e lá levantámos vôo.

A viagem foi magnífica. Ventos fortes q.b., mas, por sorte, apanhámos apenas uma zona de turbulência. Aquela zona que encontrámos logo após levantar vôo e que durou todo o caminho.

A cerca de 10 minutos do aeroporto de destino, um dos pilotos abriu um mapa de Espanha que ocupava todo o cockpit, e apontando para o mesmo, dizia ao co-piloto que talvez fosse conveniente virar à esquerda.

Perguntei-me a mim próprio: "Mas onde é que estará o raio do whisky aqui no Happy Meal ?"

1 comentário:

Anónimo disse...

OH MEU! Também já me aconteceu o mesmo na mesma aeronave e para o mesmo destino. Só que éramos 6 passageiros, incluindo uma espanhola. Cada vez que a turbulência começava, a nuestra hermana entrava em transe. E eu todo excitado com aquela guinchada toda. Qual turbulência qual quê? A gaja era mesmo jeitosa. Quando aterrámos, em Bilbao, a aeronave andava de lado. É que havia 3 horas que nenhum avião levantava e aterrava devido aos ventos cruzados, muito fortes. O Capitão, moço de 30 e poucos anos estava pálido. Mas, eis que a nuestra hermana sai e o jovem Capitão aí perdeu a palidez. Esqueceu as dificuldades da aterragem e depediu-se:

- hasta la proxima, chica guapa. Me has dado suerte, jodé!

Fiquei muito sensibilizado com esta história. Sobretudo porque a espanhola merecia ter outra oportunidade. É que eu atingi uma excitação comparável a um orgasmo platónico.