segunda-feira, dezembro 12, 2005

evolução amor

as coisas mudam.

e quer queiramos quer não elas mudam sempre, quer seja com o tempo, com a vontade, com o falta de desejo, com um bom vinho, com um vodka qualquer, com alucinogénicos, com alta velocidade, com falta de peso, com cabedal preto, mas mudam sempre.

e isto serve para quase tudo, carros que com o desgaste começam a fazer barulhos estranhos (identificados apenas pelos sábios mecânicos que percebem e diferenciam perfeitamente o que quer dizer um rretampampantanpam de um orreeguunneemmeetampampam), all-stars que ficam melhor com esse mesmo desgaste, relações que começam com "hoje preciso de miminhos(insinuando que precisa de beijos, amaços e rambóia)" e evoluem para "hoje preciso de miminhos,...por isso vamos ao macdonalds ou então compras-me um perfume, vá!".

por exemplo, quando eu era pequenino, era um bebé giro por assim dizer, carinha engraçada, olhos claros, meio gordinho, um autêntico delírio para todas as mulheres, todas me queriam pegar ao colo.

nos dias de hoje, já não sou pequenino, nem gordinho, se me babar já não acham engraçado, se arrotar sou um cavalo, se me borrar nas calças sou um porco jabardolas, se apalpar as mamas a alguma desconhecida ela não vai dizer em tom bem humorado, "é espertalhote o rapaz, já viram esta ternurinha fez?!", antes vai gritar "ó Zé(Zé é um campeão olímpico de karaté) já viste o que este animal fez???"

hoje, não me pegam ao colo, o que é bom mas também não me deixam pegar-lhes, o que dependendo da bicicleta poderá ser ou não positivo.

já almocei e não sei porquê mas estou contente por um lado e feliz por outro.

bom, vou ouvir "um beijo à portuguesa", a ver se isto passa.

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