sexta-feira, fevereiro 11, 2005

ouvir e dizer de tudo um pouco

como homem, um gajo tem de se sujeitar a ouvir de tudo.e de facto penso já ter dito de facto, de tudo um pouco. desde "o problema não és tu sou eu", "achas mesmo que eu era capaz de te fazer uma coisa dessas"até ao "olha-me nos olhos, e ouve o que te digo, eu nunca te irei magoar".ora bem, àparte destas frases feitas, destes lugares-comuns da conversa de engate e desengate do mundo da prostituição, a questão que mais me salta à vista é a de que, mais que as palavras, quem as diz e a lingua ou sotaque utilizado são as coisas mais importantes. por exemplo existem elogios que não contam, elogios que não nos massajam o ego. imaginem isto, uma brasileira dizer-nos "você é gostosão mesmo!" ou "mas que lança-róquétis maravilhoso" tem como efeito no nosso ego, zero! isto porquê? por causa do sotaque, o sotaque brasileiro é doce, demasiado doce,e um elogio com sotaque do "nosso povo irmão" é o mesmo que dar o pior café do mundo com toneladas de açucar a um guloso exacerbado. isto é, ele vai gostar mas nunca saberá se é o café que é bom ou se é apenas a sua necessidade a falar mais alto. bom, final de pausa no emprego, vou beber um café.

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