segunda-feira, setembro 19, 2005

"dói-me os joelhos, o tempo vai mudar"

o mundo está cheio de curiosidades, personagens, coisas boas e coisas más, desiquilíbrios e coisas para equilibrar (e nunca o contrário).

falando dos tempos que correm, pois não conheço outros assim tão distantes, penso que as pessoas estão a desenvolver uma certa tese de conspiração do tempo metereológico contra nós.

ao que tudo indica esse sujeito está a tentar tramar-nos a vida através de golpes baixos, como por exemplo tempestades tropicais, furacões, ciclones e pior que isso, muito pior mesmo, existe um certo país no mundo que é cada vez o alvo preferencial do tempo metereológico, onde às vezes chove, às vezes faz sol e às vezes parece que vai chover e depois...faz sol, a trama já foi no entanto descoberta, e é comum ouvir esse povo astuto vítima dessa cabala dizer "o tempo anda muito estranho, não achas?", ou "o tempo anda muito esquisito, não anda?". frases sábias de um povo que sabe bem que quando chove e depois faz sol é porque algo de errado se passa.

já não bastava sermos meros joguetes nas mãos do destino, agora ainda temos o tempo metereológico a lixar-nos a vida, felizmente que existe quem lê as palmas das mãos, quem interpreta as cartas, quem atira búzios ao ar e vê como eles caem no chão, senão estaríamos tramados, sem saber o que fazer, sem poder prever o futuro e escolhermos sempre a melhor opção para as nossas vidas!

mas voltanto ao tempo metereológico,... é uma constante, e realmente agora que penso nisso, o tempo metereológico é de facto um gajo que com a idade está a ficar incoerente, com alterações de humor constantes e extremas mostrando uma senilidade própria de quem já não sabe bem o que faz.

a idade não perdoa a nada e a ninguém, nem ao tempo

segunda-feira, setembro 05, 2005

"dá lá a bola aos miúdos" a filosofia de vida

escolher a filosofia de vida certa é algo complicado, temos de escolher uma que se adapte ao nosso corpo, ao nosso ego e àquilo que temos.

o português por norma é um gajo porreiro, um deixa andar, com todas as vantagens e se calhar também com as desvantagens que poderão eventualmente existir (embora não haja provas de tal).

no outro dia presenciei este facilitismo intrínseco do português in loco. foi uma coisa simples.

estava num posto de abastecimento, faço o pagamento e enquanto arrumo os jornais no saco e o dinheiro na carteira, chega um individuo que diz "era uma caixa de preservativos faz favor." ao que a funcionária respondeu "qual o tamanho?". Esta pergunta normalmente num outro ponto qualquer do globo causaria embaraço ou o dizer de uma simples mentira, mas não em portugal, porque em portugal existe o português e o português é um gajo porreiro! e além disso estamos bem acima da média, sim dessa média.

Bom, mas voltando à pergunta que faria um americano suar, um italiano tremer, um chinês chorar e um africano sorrir, "qual o tamanho?".

na resposta, toda a grandeza do português, todo o génio do povo lusitano, 9 séculos de história, o fado, o Benfica, a praia e o sol, tudo isto se juntou numa só frase, ...
-"eh pá, pode ser médio!".

"eh pá, pode ser médio!"! Achei isto extraordinário, que humildade!

é que a frase foi dita do género, eu até tenho uma verga do tamanho do mundo mas como sou um gajo porreiro e não quero humilhar ninguém, então até pode ser médio!